Lembro que, quando criança, uma das coisas que eu mais
gostava de fazer, era homenagear minha mãe no dia das mães... Acho que daí surgiu
à imensa vontade de ter um filho, de ser mãe também.
Enquanto minhas amigas afirmavam com veemência que não
queriam filhos, eu sabia que era o meu maior sonho.
Sempre falei para minha mãe que se não casasse até os trinta
anos, seria mãe solteira. E ela sempre ficava brava e pedia para eu ser paciente.
Ter fé em Deus que ele me daria um marido bom, com quem poderia ter filhos. E
não é que minha mãe tinha razão!
Aos 24 anos conheci o Welinton, e desde o
primeiro encontro ele já sabia da minha vontade de ser mãe. Estranhou, decerto,
porém não me questionou em nenhum momento. Namoramos, noivamos e
casamos num período de três anos. E quatro meses depois do nosso casamento
fiquei grávida. O meu sonho estava
começando a se realizar. Porém, só acreditei quando fiz meu primeiro ultrasson e ouvi o
coraçãozinho batendo dentro de mim, mais forte do que o meu coração. Era a
urgência da vida. Era a minha vontade e a de Deus. Ali, naquele instante,
chorei, chorei tanto que a médica estranhou e pediu para a assistente me tranqüilizar,
mas não teve jeito. Ao sair da sala,
sozinha, abracei a colega de consultório que aguardava para ser
atendida. A coitada pensou que não havia
bebê. Mas não, eu chorava de alegria e
dizia: Eu estou mesmo grávida, a médica falou. Eu ouvi o coração, eu ouvi o coração.
Como já dito antes neste blog, eu esperava que fosse
menina... Mas Deus me presenteou com um
VARÃO, como dizem uns amigos de fé.
Graças a Deus, minha gravidez foi muito tranqüila. Apesar de
ter trabalhado muito. Não tive pressão alta nem baixa e não engordei demais. Só
fiquei muito mais ansiosa do que já sou. Nossa! Dos oito para os nove meses vai
dando um desespero, uma vontade de ver o rostinho do bebê. Ainda bem que existe ultrasson em
3 e 4 D... Eu fiz a 3D, e no final o Igor não se parecia em nada com o
bebê que vi através do ultrasson.
O Igor estava com previsão para nascer em janeiro, mas resolveu aparecer
em dezembro mesmo. Na hora do parto, lembro-me que o médico disse: Mãe, prepare-se, o
Igor vai nascer. Vi o médico carregando-o para os primeiros atendimentos.
Lágrimas tomaram conta de mim e do Wel. O choro estrondoso dele, me trouxe de volta à realidade. Enfim, tornei-me mãe.
Minha vida mudou desde então... Para melhor, claro!
Ser mãe:
Se tornar responsável pela vida desde o ventre;
Levantar várias vezes na noite só para ver se seu bebê está
respirando;
Chorar por vê-lo chorando;
E cantar para vê-lo sorrindo (mesmo com a voz horrível);
É amamentar sem medo que o peito caia; dane-se o mundo.
É abrir mão de coisas que adora;
É pensar mil e uma vez em não trabalhar nunca mais;
É pensar em trabalhar duro para dar a ele tudo que quiser;
É passar na vitrine e comprar um sapato... Para ele;
É valorizar sua própria mãe... E pensar que ela já passou
por tudo isso por você;
É saber que você é a pessoa mais importante do mundo para
alguém (isso até completar uns 10 anos);
Ser mãe é uma dádiva;
É amar
incondicionalmente.
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